
Eu dividiria o filme em duas partes: antes e depois de Maria Elena, sendo a segunda superior. O maior problema da primeira é se tornar cansativa depois de um certo momento. A história parece que pára de evoluir. Vicky e Cristina não funcionam em cena sozinhas, elas precisam de um suporte que é dado pelo Javier Bardem. A cena inicial delas com ele é incrível. O Javier se aproxima e praticamente diz (mudei as palavras mas a idéia é a mesma): "Querem passar o fim de semana comigo no lugar X para transarmos?". Só o Woody Allen para não deixar a situação absurda, sem falar que o Javier está tão natural que não tem como não deixar a coisa toda crível. Quando ele parece criar uma relação estável com uma delas, eu comecei a cochilar. Não era hora de nenhum equilíbrio então surge - felizmente! - Penélope Cruz para desistabilizar o casal.
Penélope encarna a ex-esposa que acabara de tentar o suicídio. Achei de uma sensibilidade incrível como ele a acolhe em sua casa uma vez que está comprometido com uma das amigas americanas. Ele tinha tudo para ser o "pegador" insuportável mas em nenhum momento ele chega perto deste tipo. Mas o que chama a atenção nesta segunda parte é como a Penélope dá a Maria Elena um senso de desequilíbrio sem faltar sensatez. A cena final dela é de rir histericamente, é algo que me lembrou Mulheres à Beira de um Ataquede Nervos.
As divergências sobre o amor de Vicky e Cristina são colocadas em prática quando Vicky (a quase casada) se culpa pelo romance de uma única noite e Cristina (solteira) se envolve numa relação a três.
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