sábado, 3 de janeiro de 2009

Texto inacabado: Desejo e Reparação

Desejo e Reparação chegou aqui neste fim de semana quando eu não tinha mais esperança vê-lo no cinema. É claro que fui conferir com bastante empolgação e não me decepcionei nenhum pouco. A primeira surpresa foi como o diretor Joe Wright não recebeu a indicação ao Oscar? Não lembro agora como Orgulho e Preconceito foi nas premiações há poucos anos mas um dos grandes triunfos de Reparação é o trabalho de direção do Joe. Só levou por Trilha Sonora que foi bem merecido. O trio Keira Knightley, James McAvoy e Saoirse Ronan está ótimo mas só a garota Saoirse foi indicada. E famosa cena sem cortes do campo de concentração? Uma direção de arte espetacular. Reparação é tecnicamente impecável. Eu não era muito fã destes romances de época da Jane Austen quando assisti Orgulho e Preconceito. De lá pra cá, já vi Feira das Vaidades (fraquinho) com a Reese Witherspoon, Razão e Sensibilidade (maravilhoso) do Ang Lee e O Despertar de uma Paixão (2006). É um gênero que aprecio mais hoje em dia.

Reparação narra uma história de amor (James/Keira) interrompida pela mentira de uma criança (Saoirse) e como esta atitude vai influenciar sua própria vida. Eu senti que o roteiro parece manipular o espectador. Você vai julgando a Briony (Saoirse) durante as suas três fases mostradas no filme. Aos treze anos, você a odeia por causa da mentira. Aos dezoito, você quer que ela sofra de remorso em virtude da enorme descoberta sobre sua amiga de infância. E na sua velhice, é hora de condenar de vez. Você não tem escolha a não ser julgá-la desta maneira. Isto nem é reclamação porque não me incomodou a ponto de comprometer o resultado final.

DeR utiliza uma linguagem antiquada mas sem ficar muito distante do contemporâneo. (continua...)

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