
Cate Blanchett retorna, 10 anos depois, ao papel que a deixou famosa mundialmente. Só vê-la explorando todas as nuances do personagem já vale o ingresso. Geoffrey Rush também continua como o seu conselheiro e o Clive Owen agora é visto com outros olhos pela rainha. Além da Guerra Santa, o filme trata, talvez este seja o ponto principal, sobre o título de Rainha Virgem da Elizabeth. Tem até um concurso de pretendentes e quem chama a sua atenção é o velejador-conquistador-pirata-não-sei-mais-o-que feito pelo Clive. Mas a relação está longe de ser amorosa porque nem a rainha sabe o que sente por ele. A cena em que ela descobre o caso do Clive com uma de suas damas é ótima. O medo da chegada dos espanhóis e a sua vida pessoal ser afetada por traições a deixam transtornada. E traição se pagava com o pescoço, pelo menos quando se trata de assassinar a rainha.
O que mais gostei mesmo foi a firmeza da Elizabeth em lutar contra o fanatismo religioso do rei espanhol. Há uma parte onde ela fala algo parecido com lutar pelo direito de crença do seu povo. Tudo bem que este direito só se refere ao protestantismo mas pelo menos ela está lutando contra a imposição de uma religião dita como a salvação. É até uma imagem marcante quando ela aparece de armadura em seu cavalo. Já a única coisa que me incomodou foi a falta de uma estrutura política que fizesse a rainha tomar decisões porque durante o filme todo a sua única decisão é lutar ou não contra o domínio católico. E a marinha inglesa vence a guerra. Será que ela não erra?
A direção foi mais uma vez do indiano (?) Shekar Khapur que utiliza alguns movimentos de câmera bem caprichados.
Nota: ***
Um comentário:
nem vi e nem quero
Lu
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