terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Que lenda?

A lenda do título é referência ao filme do Will Smith e não ao do Nicolas Cage. Aliás, este último é a continuação de uma primeira parte que nunca ouvi falar. É um horror em quase dois meses só ter ido assistir três filmes. As opções aqui estão péssimas. Há um ano atrás, foi a vez de À Procura da Felicidade que não achei lá essas coisas. Agora o astro de início de ano vem com Eu Sou A Lenda que achei bem pior. Nunca assisti muita coisa do Will Smith, seus quatro últimos vi com certeza. Por enquanto, ele fica me devendo. A premissa deste mais novo parece interessante. O ator sozinho em uma Big Apple abandonada. Isto daria um filme bastante profundo mas Lenda não passa de um filme de luta com monstros (vampiros mais modernos) que não param de rugir quando encontram o Will.

Um vírus que prometia ser a cura do câncer causa a morte de 99% da população mundial. Will faz um cientista imune (não lembro o porquê) ao vírus e pesquisa a cura enquanto tem Nova Iorque aos seus pés. Os humanos infectados ficam raivosos e sensíveis à luz (por que uns morrem e outros viram monstros? Não prestei atenção). Enquanto ele tinha o filho como parceiro em Felicidade, agora o garoto cedeu a vez a um cachorro pastor-alemão. Lembrei até da cena do Will com o filho no banheiro do metrô quando apareceu ele agora com o seu cão numa banheira. Lenda falha em tentar mostrar o cotidiano do protagonista. Como gastar o tempo do filme só tendo um ator para dirigir na maior parte? Tem o Will se exercitando, dando banho no cachorro, conversando com manequins... Achei mais interessante ficar pensando se eu fosse o último sobrevivente do planeta (sem monstros). Preencheram o tempo com alguns flashbacks mas eu colocaria tudo como um prólogo. E eu nem achei os ângulos escolhidos pelo Francis Lawrence (Constantine) para mostrar NY vazia tão deslumbrantes. Mas gostei do Will jogando golfe em cima da asa do avião.

Há momentos bem irritantes. O maior deles é o “Damn it, Fred!!”. Fred é um manequim que o Will encontra e discute achando que é um humano. Depois ele manda bala no boneco. Dá para entender que viver naquela situação o individuo pode enlouquecer mas que é irritante ver o Will gritando com um boneco, isto é. Ele chega a conversar com outros manequins numa locadora mas esta cena é simpática. Todas aparições dos monstros são brochantes. Eles nem são assustadores. Acontece que há umas partes em que eles entram em cena de repente e os efeitos sonoros aumentam. São os típicos sustos de suspense meia boca.

Alice Braga surge depois da metade do filme como uma sobrevivente que ouve a transmissão que o Will envia todos os dias na esperança de alguém captar. Coitada. É triste só ser lembrada pelo papel de alguém que nunca ouviu falar do Bob Marley. É uma cena constrangedora. Tal capacidade de não conhecer o Bob se sobressai ao papel importantíssimo da atriz no desfecho da história. Lamentável.

Nota: **

2 comentários:

Anônimo disse...

simplesmente detestei

Lu

Alessandro RC disse...

Assisti esse filme ontem. Realmente decepciona.