
Gostei muito de Babel mas Amores Brutos tem algo a mais. Eu só fui me envolver com a história a partir da metade, o começo é lento e muito arrastado. A fórmula é a mesma. Quatro histórias diferentes que estão interligadas por algum fator. Diferentemente de Amores Brutos que narra as histórias separadamente, Babel intercala as três durante todo o filme. Eu gostei disso porque separadamente as histórias não conseguem se sustentar. Por exemplo, quando estava passando a história no Marrocos com o Brad Pitt e a Cate Blanchett, eu logo ficava cansado. Aí mudou para o México, a atenção voltou. Cansei deles, cortam para o Japão. Fica sempre neste vai e vem.
Os destaques vão para Adriana Barraza e Rinko Kikuchi. Gostei das cenas da Adriana com as crianças no deserto. Torci muito por ela e não fiquei nenhum pouco preocupado se a Cate iria sobreviver ao tiro. A história que mais gostei foi a da Rinko mesmo sendo a mais enigmática, e deve ser a única que irei lembrar melhor. Toda a sua luta para ser aceita foi a que mais senti.
Babel é um grande retrato cultural também mostrado através de um casamento mexicano, da miséria de um povo no Marrocos e da juventude japonesa. Acho que isto foi o que mais tirei proveito do filme. As histórias e os personagens não são tão intensos como em Amores Brutos. Até a ex-modelo berrando "Ritchie! Ritchie! Ritchie!" de Amores e mais interessante que o drama do Brad e da Cate. Mas a finalização das histórias de Babel foram suficientes para eu ter gostado dele de forma geral.
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