quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Os Infiltrados

Fui ver Os Infiltrados e a satisfação ao final foi imensa mesmo o gênero policial não sendo um dos meus preferidos. É o segundo filme do Martin Scorcese que vejo, o primeiro foi Gangues de Nova York. O Aviador está na lista de pendências há meses mas estou adiando. Acho que não vai demorar mais agora já que gostei bastante dos dois que já assisti. A sala estava bem vazia e com tanto lugar sobrando um individuo sentou logo na fileira da frente e na minha frente, bloqueou legal minha visão mas eu fui um pouco para o lado e tudo se resolveu.

Todo o elenco está perfeitamente bem. Se o Mark Wahlberg tivesse tido uma participação maior, acho que eu diria que foi meu preferido. Jack Nicholson lidera um grupo da máfia e se eu fosse mafioso, queria tê-lo como meu chefe. Matt Damon é um dos infiltrados. Como será que fica a amizade dele com Ben Affleck? Os dois despontaram juntos quando ganharam o Oscar pelo roteiro de Gênio Indomável mas o Matt é quem tem uma carreira mais respeitável. Nunca concorreu a um Fambroesa enquanto o Ben já ganhou dois e concorreu a seis. Leonardo DiCaprio é outro que só melhora. Lembro que na época do Titanic eu pensava se ele iria perder algum dia o título de "Jack do Titanic". Quando O Homem da Máscara de Ferro foi lançado, toda a propaganda ainda era feita como sendo estrelado pelo galã do filme bilionário. Leonardo está excelente como o outro infiltrado, ele sofre mais pela vida dupla do que o Matt Damon.

O filme tem um ritmo constante que não cai em nenhum momento, além de ser divertido. Ganhou aqui censura de 18 anos, mas só vale para quem sabe inglês e entende quando dizem f*** porque as legendas aliviaram em quase todos os f*** falados e olhe que não são poucos. Mas acredito que a censura 18 seja justificada pelas piadas de conotação sexual. E não é nada que um adolescente dos tempos atuais não esteja acostumado. Eles iriam adorar. Os Infiltrados é tão bom que me fez esquecer dois dos três trailers que passaram antes e ainda demorei para lembrar que passou Casino Royale. Não lembro dos outros dois.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Casamento / Tigre / Mar

Vamos aos filmes que vi no fim de semana. Considero os três satisfatórios.
Casamento Grego: Eu lembro de como esse filme chamou a atenção por ir tão bem nas bilheterias americanas em 2002 (pesquei o ano). É um fato inesperado para um filme assim chegar a 240 milhões. Casamento é um filme para assistir por descontração, é um misto de comédia e romance com o lado do romance se sobressaindo para mim. O que mais gostei foi a simpatia dos personagens que são caricatos. Por mais que tenham príncipios ultrapassados, você não precisa julgá-los, não é uma história que faz apologia ao conservadorismo. Nia Vardalos, que faz a filha solteirona da família grega (momento Betty, A Feia) e escritora do roteiro baseado em sua história pessoal, está excelente, tendo se esforçado para atuar ou não. Comédia envolvendo assuntos sobre diferenças culturais não é algo brilhante mas aqui é tudo muito simpático.
O Tigre e O Dragão: Dessa geração de Adagas Voadoras e Herói, só vi O Tigre e O Dragão. É tudo visualmente muito bonito, os personagens centrais passam por uma jornada, são motivados por forças internas mas o que há de melhor são as lutas marciais com aqueles movimentos que idealizam a manipulação da gravidade. É claro que não era mais novidade, mas Ang Lee enriqueceu muito a idéia das lutas de Matrix dando uma nova estética.
Mar Adentro: É um filme bastante sensível e comovente sobre um homem que passa 26 anos em uma cama por ser tetraplégico e luta pelo direito de morrer. O filme enfoca os dois lados da eutanásia mas não vai mudar a opinião do espectador sobre o assunto. Ele tem um ritmo agradável, se perde um pouco no meio mas sobe até o final. É marcado por atuações convincentes e imagens hipinotizantes para mostrar a viagem de Ramón até o mar. O diretor Alejandro Amenábar ainda conseguiu colocar doses de humor num filme tão delicado.

sábado, 18 de novembro de 2006

Jogos Mortais 3

Lá fui eu pagar quase 4 vezes mais a locação de um filme para ver Jogos Mortais na telona. É claro que paguei só pela vontade de ver. Pensei que iria assistir sozinho porque fui o primeiro a chegar na sala dez minutos antes da sessão começar. Depois apareceram algumas almas perdidas e consegui contar 26 mas não passou de 30. Mesmo com pouca gente, consegui ouvir o incômodo de alguns em certas cenas, era o que eu queria.

É um fato. Jogos 3 é o melhor de todos. O que menos importa neste são as cenas sádicas. E após dois filmes, elas nem provocam desconforto, são quase risíveis como a abertura do crânio e a sopa suína. Este trabalha mais o lado dramático, é cheio de discursos sobre perdoar quem lhe faz mal, ser menos ingrato com a vida que tem, essas coisas. Até os personagens são adultos agora. Não há mais certas figuras do Jogos 2. O terceiro enfatiza a relação entre Jigsaw e Amanda através de flashbacks e o que mais achei interessante foi aquele que mostra a preparação do principal jogo do primeiro filme. A facildade com que as vítimas são sequestradas é incrível, sem falar que o maníaco antes invade a casa, faz toda uma instalação da câmera escondida e a vítima só percebe ao ser ver na TV. Merece morrer.

A gente vê que estes três filmes foram planejados porque estão bem amarrados uns aos outros e todos eles têm uma trama se desenrolando. Então, a nível deste gênero, Jogos está acima dos outros filmes de terror recentes. Esta trilogia foi encerrada mas como continua enchendo os cofres, foi dado espaço para a quarte parte.