segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Vamos jogar?

Eu nunca tive vontade de assistir Jogos Mortais por causa dos comentários que escutava. Na locadora, os dois volumes - o terceiro e último (?) chega aos cinemas em outubro - sempre estavam disponíveis mas eu sempre ignorava.

Numa tarde de tédio ao passear pelos canais Telecine, vi que o primeiro JM iria começar em breve. Como estava sem fazer nada mesmo, resolvi encarar os tais jogos. É curtinho, passou rápido. Para minha surpresa, eu até simpatizei com aquela produção de baixo orçamento. Mas é tão baixo que dá pena. A fotografia é ruim e os dois protagonistas do jogo atuam tão pavorosamente que você sente vergonha por eles. Mas isto é comum nestes filmes de terror, para fazer cara de medo qualquer um é contratado.

O que eu achei realmente interessante, pelo menos para mim, foi a originalidade do que serve de base para a história. Isto diferencia o JM dos outros filmes de terror atuais. Aqui não existe nada de criancinha diabólica, nem grupo de amigos sendo mortos um a um pelo serial killer, nem casa amaldiçoada. JM trata de um psicopata que põe suas vítimas num ambiente onde terão que jogar de acordo com as regras para escapar da morte. Mas como estender esta idéia durante o filme é um problema. Aí entram as situações já bem conhecidas de investigação policial, problemas familiares, etc. O ator Micheal Emerson é quem mais se destaca. Foi uma boa surpresa ver este filme após conhecer o ator fazendo Henry Gale na segunda temporada de Lost.

No final, a trama tem uma reviravolta imprevísivel (?) o que deixa o filme com jeito de "cult" (?). E a gente fica com cara de "I was punk'd".

Foi então que resolvi locar o JM2. Não quis esperar para ver algum dia no Telecine. O orçamento deste foi só um pouquinho mais caro que o do primeiro o que permitiu uma melhora de alguns aspectos técnicos como fotografia. Os protagonistas participantes do jogo agora são MENOS PIORES que os do primeiro mas ainda chegam a provocar risadas.

O filme começa com uma boa referência do anterior. Esta parte e a reviravolta no final é o que há de mais interessante. O meio já não é mais novidade. O destaque aqui vai para Tobin Bell, o vilão. Assim como no primeiro JM, os bonzinhos são tão chatos que a gente torce pelos vilões.

Os sádicos devem adorar estes filmes que agradam mais o público do que os críticos. O sangue nem chega a ser exagerado. Quem gosta de ver gente serrando o próprio pé ou arremessada num buraco cheio de seringas usadas, está dada a dica.

Nenhum comentário: