
Com cenas de violência repulsivas, Tropa mostra a corrupção da polícia militar e o desafio do BOPE contra os traficantes das favelas do Rio de Janeiro. O roteiro está bem estruturado e teve contribuição de Rodrigo Pimentel que já foi capitão do BOPE. Tal posto é assumido pelo Wagner Moura que busca um policial capaz de ocupar o seu cargo ao mesmo tempo que dois aspirantes com linhas de raciocínio distintas iniciam suas atividades. Achei que o José Padilha não conseguiu atingir o ponto perfeito de realismo em todas as cenas. Enquanto alguns momentos são absurdamente realistas principalmente pelo trabalho impressionante do Wagner, outros pecam pela falta deste elemento talvez pela inexperiência do elenco coadjuvante jovem. Coincidentemente, a edição de hoje de um jornal local trouxe em sua matéria de capa uma manchete sobre o abuso de poder do BOPE. Tal questão sobre autoritarismo também é abordada no longa através de uma discussão numa faculdade de Direito que é frequentada por um dos policiais aspirantes. Eu gostei do conflito psicológico ao qual este policial será submetido e da parte em que ele espanca o rapaz no protesto burguês contra a violência. Mas a gente pode pensar que o filme é do ponto de vista da polícia e, de fato, é. Só que ela não sai bem na fita por causa dos acordos com os traficantes e do treinamento humilhante para se tornar um combatente da Caveira, por exemplo.
Tropa tem um apelo para um público de faixa etária bastante variada. Nas cenas de tiroteios, eu só lembrava dos psicóticos de lan house que viram a noite no Counter Strike. O filme é um prato cheio para eles e ainda está recheado de palavrões e torturas. Mal posso esperar para vê-lo novamente na tela grande e espero compreender alguns diálogos que não consegui entender. Parecia outra língua.
Nota: 8,5
Um comentário:
Tanta justificativa para ver um filme pirata no pc...tah com medo hein? hahahahaha!
Estamos de olho no sr.
Diretor da APCM
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