sábado, 3 de janeiro de 2009

Aquele do título complicado

Eu nem sei o que escrever sobre o novo filme do James Bond, o 22º da série. Só sei que gostei muito mais que o anterior Cassino Royale. Quantum of Solace, aquele-cujo-título-não-é-traduzível, começa onde Cassino terminou. Se eu não tivesse revisto recentemente cenas aleatórias dele incluindo a final, nem lembraria como terminou. Gostei mais do Solace por ser muito mais enxuto, é um filme que vai direto ao ponto e não fica enrolando para acabar. Só para ter uma idéia, Cassino era uns 40 minutos mais longo. Quando eu pensava que iria acabar, Bond ainda tinha mais uma tarefa para executar. Quantum é justamente o contrário. É uma beleza de agilidade, a ação é mais impressionante e tem uma trama mais leve. Quem vai ver James Bond, acredito eu, procura puro divertimento ao invés de um filme cabeça, não é? Acho que a única coisa que gostei mais em Cassino foi a Bond girl. Eva Green tinha mais presença de cena do que a nova girl Olga Kurylenko. Como tudo indica que o Daniel Craig vai fazer uma trilogia a princípio, a Olga pode voltar para o terceiro já que continuou viva. Uma Bond girl pode participar de mais de um filme? Eu não sei, só assisti dois 007 em toda a minha vida.

Quantum começa com uma perseguição de carro incrível. Inclusive o veículo que o Bond usa parece mais indestrutível que o batmóvel. Depois parte para uma luta física de tirar o fôlego. Não tem uma sequência de ação que decepcione. A minha preferida foi a do avião pois chegou a ser sufocante. Bond está atrás dos chefões daqueles que mataram a Vesper em Cassino. E como está sedento de vigança, ele sai matando qualquer um que aparece na sua frente o que faz M interferir na licença do agente gerando cenas bastante divertidas graças a Judi Dench.

Foi muita coincidência eu ter assistido Chinatown do Polanski um dia antes pois ambam falam da “indústria da água”. O vilão de Quantum (Mathieu Amalric de O Escafandro e a Borboleta) é o chefe de uma organização que derruba líderes políticos. É mais ou menos assim: ele ajuda os militares da Bolívia num golpe para derrubar o presidente e recebe um pedaço de terra do país para estocar água. E a tal organização é conhecida mundialmente por comprar terras para a preservação ambiental, ou seja, só de fachada. Os interesses americanos estão também envolvidos na jogada mas não lembro mais os detalhes já que assisti o filme há mais de três semanas. Convenhamos que um filme de James Bond não fica na memória por muito tempo.

É difícil eu aproveitar algo só pela ação e Quantum of Solace proporcionou justamente isto. Não houve nenhuma situação que tenha me irritado então foi um ótimo divertimento.

Nota: ****

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