quarta-feira, 20 de junho de 2007

Shrek Terceiro

Pior do que assistir Shrek Terceiro é ser obrigado a ver dublado já que as duas cópias da cidade são assim. Quando vi Eragon dublado no começo do ano, achei o som um pouco baixo e não consegui entender algumas falas. Temia que estivesse deste jeito no filme do ogro. Mas não houve problemas, quer dizer, houve só um. O filme. Eu tinha gostado muito do trailer e o que gostei nele acontece bem no início do filme. Entrei em contagem regressiva para a sessão acabar. Bocejei tanto até lá. Eu só não dormi porque minha carteira caiu no chão e levei um susto. Shrek Terceiro é terrivelmente sem graça. Só ri de verdade uma única vez perto do final.

O problema dele é a falta de justificativa para ser feito. Arrecadar dinheiro não vale. A história não evolui em relação ao segundo, os personagens principais são os mesmos, as piadas... não são piadas. Eu gostei bastante do anterior mas deste não dá para tirar nenhum proveito. Odiei a parte em que o rei-sapo estava dizendo suas palavras finais, já foi tarde. E todas aquelas coisas escatológicas características quando os trigêmeos são mostrados? Tem que ter, é um dos maiores atrativos da série. A sala estava cheia de pais com seus filhotes e eles se matavam de rir. Não é triste pensar que o futuro de nossa nação (olha que clichê) cresceu chamando isto de diversão?

Graficamente, Shrek é muito bem feito. As paisagens são belíssimas mas isto só não é suficiente para o resultado final. A moral da história e todo o filme é para dizer que você pode ser diferente do que as pessoas acham de você. O próprio ogro resume o filme numa fala. "Ninguém merece."

Nota: 3,5

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Piratas do Caribe - No Fim do Mundo

É inegável que a franquia Piratas do Caribe sabe dar uma aula de como fazer um filme de ação e aventura (a qualidade dela de forma geral é outra questão). Só vi o segundo há alguns dias porque queria assistir o terceiro agora e valeu muito a pena. Eu sinto que com o primeiro houve uma preocupação maior em fazer algo que não fosse apenas um filme pipoca com as baboseiras comuns de Hollywood. Com os dois seguintes duvido que tenham se preocupado com isto! A cena em que a lula gigante expele aquela gosma no Johnny Depp no Baú da Morte é a maior confirmação. O terceiro não tem gosma nenhuma, no entanto está recheado com todos os tipos de piadinhas sem graça. Mas vou dizer que perdôo todas elas em virtude da magnífica jornada de aventura. A batalha entre os dois navios no redemoinho é de tirar o fôlego.

Nem vou tentar explicar a sinopse, é comum não captar todos os detalhes. A partir de um certo momento eu parei de querer entender. Esta complexidade até pode ser positiva porque significa que há cabeças pensantes por trás da história. Este filme é o mais longo dos três, só fiquei cansado mesmo em algumas partes no meio e ficar cansado no final é pior porque você fica querendo que o filme acabe logo. Eu detestei as alucinações de Jack Sparrow, principalmente a primeira vez quando ele bota o ovo. A Keira tirando aquela arma enorme de não sei onde do corpo também é tão desnecessário. Mas como eu disse antes, essas situações ficam ofuscadas pela grandeza de outras. Numa situação rara, os efeitos especiais me venceram. Fiquei tão envolvido com aqueles personagens que conhecemos desde o primeiro o filme, não importa o que eles estivessem fazendo mas queria vê-los em cena. Bichos inteligentes costumam ser insuportáveis mas tive que simpatizar com o macaquinho. A situação final do casal romântico Will e Elizabeth me fez ficar pensando o que são dez anos na vida de uma pessoa e no caso deles é lamentável. Eu não vi a cena depois dos créditos finais mas sei do que se trata, com certeza vale mais a pena do que as cenas dos dois filmes anteriores. Depois vejo se o youtube me mostra.

O elenco de Piratas do Caribe é a maior propaganda dele. Enquanto a série estiver forte em nossas mentes, não acredito que façam mais um sem o trio Johnny Depp, Orlando Bloom e Keira Knightley. A maior expectativa em relação ao terceiro era o Keith Richards. Eu tinha esquecido completamente da participação dele depois de uma hora de filme mais ou menos. Infelizmente seu papel é inútil ou eu perdi a importância em trazer um livro, tocar violão e mostrar a cabeça da mãe do Jack.

Nota: 6,0

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Um Crime de Mestre

Na última quarta-feira, fui ver Um Crime de Mestre ignorando totalmente Piratas do Caribe porque ainda não vi O Baú da Morte. Este thriller com Anthony Hopkins e Ryan Gosling tem seus atrativos mas senti que faltou alguma coisa. A gente sabe que o Anthony sabe fazer este tipo de papel. Já o Ryan que concorreu a um Oscar este ano não me convenceu como o jovem promotor público que ganhou 97% dos casos. Ele está apenas bem, ficou devendo algo em suas cenas mais intensas. A sinopse em si já é interessante (e vi o trailer algumas vezes). Para ser promovido, o personagem do Ryan precisa só de mais um caso para resolver. O Anthony descobre que sua esposa o está traindo com um policial. Ele mata a moça e monta um esquema para que todas as provas não sejam válidas contra ele, é o tal crime de mestre.

O filme não tem um ritmo constante. É um sobe-e-desce do começo ao fim. O começo é bastante lento e aquele piano da trilha sonora de Jeff e Mychael Danna só me atrapalhou. Serviu como o meu sonífero nos primeiros trinta minutos. Mychael participou da ótima trilha do Pequena Miss Sunshine mas em Crime ou ela causa sono ou é exagerada deixando o filme com cara de James Bond, Missão Impossível e derivados. Passados os trinta minutos iniciais, fiquei mais alerta quando veio a primeira parte no tribunal, acho que foi a minha preferida. Anthony roubou a cena e estava muito divertido. Depois um bom tempo é gasto procurando a arma do crime que não é encontrada. O espectador mais atento pode matar a charada antes da resolução.

Eu gostei do fato do filme não cair em certos clichês. A esposa do Anthony não morre com o tiro, fica numa espécie de coma. Como a arma não era encontrada, achei que ele iria sair deste estado e servir de prova contra o marido. Mas isto não ocorre. E o Ryan ganhou o caso? Foi promovido? Anthony foi para a cadeia? É o público que decide. A única coisa que não entendi foi o papel da Rosamund Pike. Devo ter perdido algo enquanto cochilei.