sexta-feira, 1 de junho de 2007

Um Crime de Mestre

Na última quarta-feira, fui ver Um Crime de Mestre ignorando totalmente Piratas do Caribe porque ainda não vi O Baú da Morte. Este thriller com Anthony Hopkins e Ryan Gosling tem seus atrativos mas senti que faltou alguma coisa. A gente sabe que o Anthony sabe fazer este tipo de papel. Já o Ryan que concorreu a um Oscar este ano não me convenceu como o jovem promotor público que ganhou 97% dos casos. Ele está apenas bem, ficou devendo algo em suas cenas mais intensas. A sinopse em si já é interessante (e vi o trailer algumas vezes). Para ser promovido, o personagem do Ryan precisa só de mais um caso para resolver. O Anthony descobre que sua esposa o está traindo com um policial. Ele mata a moça e monta um esquema para que todas as provas não sejam válidas contra ele, é o tal crime de mestre.

O filme não tem um ritmo constante. É um sobe-e-desce do começo ao fim. O começo é bastante lento e aquele piano da trilha sonora de Jeff e Mychael Danna só me atrapalhou. Serviu como o meu sonífero nos primeiros trinta minutos. Mychael participou da ótima trilha do Pequena Miss Sunshine mas em Crime ou ela causa sono ou é exagerada deixando o filme com cara de James Bond, Missão Impossível e derivados. Passados os trinta minutos iniciais, fiquei mais alerta quando veio a primeira parte no tribunal, acho que foi a minha preferida. Anthony roubou a cena e estava muito divertido. Depois um bom tempo é gasto procurando a arma do crime que não é encontrada. O espectador mais atento pode matar a charada antes da resolução.

Eu gostei do fato do filme não cair em certos clichês. A esposa do Anthony não morre com o tiro, fica numa espécie de coma. Como a arma não era encontrada, achei que ele iria sair deste estado e servir de prova contra o marido. Mas isto não ocorre. E o Ryan ganhou o caso? Foi promovido? Anthony foi para a cadeia? É o público que decide. A única coisa que não entendi foi o papel da Rosamund Pike. Devo ter perdido algo enquanto cochilei.

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