
Como o próprio nome diz, nunca é tarde para amar porque a Michelle faz uma quarentona que está solteira há 10 anos e irá redescobrir o amor com um rapaz mais jovem. Ela também conversa com a Mãe-Natureza! Sim, é uma espécie de diabinha que tenta convencê-la de que está muito velha para fazer certas coisas e deve se concentrar apenas na filha que é sua versão mais jovem. A Mãe-Natureza prega a expurgação do mal do planeta, isto é, a eliminação dos humanos de mais idade para que os seus descendentes jovens possam trazer a paz. O filme discute o culto à beleza - sem a Cher - então você vai ouvir muito peelings e liftings. E também paródias que fazem críticas a Paris, Nicole, Lindsay, Bush... Hã? Realmente é uma comédia romântica que se tornou uma bagunça. Não é só pegar uma música da Alanis Morissette, mudar a letra e achar que fez uma crítica maneira ao presidente americano. Você tem que mostrar autenticidade e originalidade senão vai cair em clichês que é o que acontece neste filme da Amy Heckerling (As Patricinhas de Beverly Hills). Quantos artistas já não fizeram isto? O Green Day (ou "Dia Verde" como a legenda colocou) fez um ótimo trabalho em 2004 mas eles não foram os primeiros e nem serão os últimos. Eles tinham um diferencial.
Acho que este gênero deve ser apenas descontraído, não? O verdadeiro lado da comédia romântica tenta ser reforçado pela química entre o Paul e a Michelle que não é tão forte e pela filha dela que já não quer mais brincar com as barbies. O Paul é a graça do casal e possivelmente a do filme todo. O roteiro é tão ruinzinho. As situações são ao acaso e parecem não levar a lugar algum. Há tantas coisas batidas. O casal faz guerra de comida, os dois pulam na cama, armam para eles se separarem e tem o evento musical no final que não poderia faltar. O momento mais simpático é a simples resolução do mal entendido com a foto da outra no celular do Paul. Esta é a primeira tentativa de acabarem com o romance que felizmente não deu certo e isto dá um gás na história. A segunda tentativa funciona. É o tipo de produção em que os erros de gravação são mais divertidos.
Nota: 3,0
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