quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Duro de Matar 4.0

A única coisa que eu sabia sobre a história de Duro de Matar era que o personagem do Bruce Willis se chamava John McClane, e só descobri há poucos dias. Dá para perceber que nunca assisti nada da série antes. Acho que este tipo de ação protagonizada por um policial, agente da CIA, etc nunca esteve entre as minhas preferidas (Há uma exceção. Jason Bourne com sua identidade e supremacia). Até hoje nunca vi um Missão Impossível e quando tentei ver o primeiro há umas semanas, dormi. Meu primeiro James Bond foi o Cassino Royale de 2006. Então como eu não queria ficar três semanas consecutivas sem ir ao cinema, fui conferir o 4.0. Esse "4.0" do título nacional parece que é para enfatizar a era da computação. Há uma piadinha interessante em que o Bruce cobre uma câmera com a mão para não ouvirem o que ele fala. O último filme é de 1995, acredito que não haviam ainda introduzido todos esses aparatos tecnológicos e o nosso policial duro de matar ainda não se modernizou, está sempre controlando os namorados da filha.

A produção cumpriu seu objetivo. Muitos tiroteios, perseguições, lutas, carros, caminhões, helicópteros... o que Hollywood sabe fazer bem. E não é que o resultado final é muito bom? Eu me diverti, fiquei aflito e levei sustos. O roteiro não deixa o filme cansativo em nenhum momento. O Bruce vai investigar um grupo terrorista que pretende fazer um ataque cibernético controlando os meios de comunicação, transportes e energia elétrica dos Estados Unidos começando com a implantação do medo na população, algo parecido com o que o Bush fez após o 11/9. Bruce terá como parceiro o hacker que implementou o algoritmo de invasão dos sistemas interpretado por um rapaz chamado Justin Long. O chefe da quadrilha de terroristas é feito pelo Timothy Olyphant. Não conheço nenhum dos dois mas eles estão muito bem no 4.0, só não gostei muito do Cliff Curtis que faz o chefe da Divisão de Investigação Cibernética do FBI, algo assim. É o tipo de ator que já vimos antes mas não lembramos onde. O IMDB me diz que o conheço de Um Crime de Mestre e Encantadora de Baleias, ele fez o irmão da Keisha Castle-Hughes se não me falhe a memória. O Bruce continua em forma para este tipo de trabalho se bem que não estou lembrando de cenas que tenham exigido grande esforço físico, me recordo mais das milhares de vezes que ele fala sussurrando como se fosse um policial que não aguenta mais o batente. O filme tenta explorar a relação dele com a filha mas sem sucesso. A garota não quer vê-lo nem pintado no começo, basta ficar presa num elevador e a primeira pessoa com quem ela quer falar é o pai. Como assim? Eu teria gostado se ela respondesse que queria falar com o não-namorado, afetaria mais o Bruce e o público também. Um vício desses filmes é querer fazer casais, eu tentei acreditar que não haveria nada entre o jovem hacker e a filha do McClane. Os exageros também estão lá, o mais divertido é a quantidade de cabelo que o Bruce arranca da mocinha da quadrilha. A coitada apanhou tanto.

Os efeitos especiais deixam a desejar em alguns momentos sendo até inadmíssiveis. A direção fica por conta do Len Wiseman que tem na bagagem coisas como Godzilla, Homens de Preto e Independence Day onde só trabalhou no Departamento Artístico, mesmo assim é experiente em destruir os Estados Unidos.

Nota: 7,5

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