terça-feira, 1 de julho de 2008

Vivendo para dançar

Ainda não vi Bicho de Sete Cabeças, o primeiro longa-metragem da diretora Laís Bodanzky que recebeu dezenas de prêmios. O seu segundo longa Chega de Saudade me chamou logo a atenção há alguns meses por lembrar O Baile do italiano Ettore Scola, filme que eu tinha visto há pouco tempo e achado bastante curioso. A diferença é que o filme da Laís tem o salão de baile como pano de fundo para o desfile dos seus personagens: pessoas da terceira idade, cada uma com sua história que será explorada nos 90 minutos do filme. Há casais passando por problemas conjugais, solteiras procurando um relacionamento, ciúmes e traições mas tudo se resume ao simples ato de viver.

A produção acontece toda dentro de um salão desde a chegada do público enquanto o sol ainda brilha até o seu final tarde da noite. A música rola solta ao som de muito samba, bolero, forró e Elza Soares em carne e osso. Eu gostei bastante da agilidade inicial do roteiro de Luiz Bolognesi (marido da Laís) ao apresentar os personagens e seus principais traços. Mas a partir de um certo ponto, ele se torna repetitivo e pára de avançar. E o final do baile veio de forma brusca. Já a direção da Laís é uma aula. É maravilhoso como a câmara dança junto com aquelas pessoas no salão. Ela faz um passeio sempre destacando o que enche os olhos do espectador. Direção e roteiro foram, inclusive, os dois prêmios que Chega de Saudade levou no último Festival de Brasília.

Nota: ****

3 comentários:

lola aronovich disse...

Ops, pensei que esse fosse um documentário sobre a bossa nova...
Veja Bicho de Sete Cabeças, que é muito bom. Eu só vi uma vez. Não amei, mas gostei. Escrevi uma crítica dele na época. Aqui.
(agora que eu sei fazer link dentro dos comentários eu tô me achando o máximo, sabe?).

Julio Cesar disse...

Oba, vou ler. O próximo passo seu será colocar todos os filmes em ordem alfabética como eu consegui. hihi

Anônimo disse...

quero viver nestes salões na minha velhice!

Lu