sábado, 3 de janeiro de 2009

Texto inacabado: Control

Fui ver Control, a cinebiografia do Ian Curtis do Joy Division, só mesmo por curiosidade já que não conhecia muito dele e da banda. Acho que no meu caso era mais difícil de entrar no seu mundo por isso acabei não gostando. Não encontrei nenhum grande ponto em que pudesse me identificar com o Ian. E como o filme só enfoca a vida pessoal do rapaz (é baseado na biografia escrita pela sua esposa), não pude conhecer a trajetória da banda e sua importância para a cena musical daquela época. É até aceitável que o objetivo não tenha sido mesmo criar novos fãs do Joy Division então cabe a nós apenas assistir para julgarmos se as atitudes do Ian eram compreensíveis ou não.

O seu casamento prematuro, a epilepsia e até a própria banda foram os síntomas para o suicído aos 23 anos de idade. Fiquei com a impressão de que certos problemas podiam ser amenizados como a vida conjugal. É difícil de entender como ele continuou o casamento após reconhecer que foi muito cedo. Fiquei muito incomodado por ele mentir para a esposa ao dizer que acabaria com a Annik, a amante belga, quando ele sabia que não seria capaz de fazer isto. Mas fiquei sensibilizado em outra cena quando ele pergunta se não pode amar duas pessoas. A coitada da esposa Deborah parecia sentir um amor incondicional e talvez o Ian percebesse e mentia achando que a estivesse protegendo.

(...falar dos ataques epilépticos...)

Apesar de tudo, algo que gostei muito foi a qualidade técnica. A bela fotografia preto e branco cria um clima de documentário, as imagens parecem restauradas de registros antigos. A dupla Sam Riley e Samantha Morton está afiadíssima, o Sam mais ainda quando está encarnando o Ian no palco. Totalmente inspirado.

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