sábado, 6 de setembro de 2008

Vamos todos virar comida dos insetos gigantes

Chegou aqui O Neveiro que eu achei que não iria ver tão cedo principalmente por causa dos inúmeros adiamentos. Até eu tive que adiar minha ida duas vezes durante a semana. O que importa é que já assisti e foi um daqueles onde a expectativa era muito alta. O tombo existiu mas foi insignificante perante as suas qualidades. Esta é a terceira vez que o Frank Darabont dirige algo do Stephen King. As outras duas foram com Um Sonho De Liberdade e À Espera De Um Milagre. Adoro ambas. Pensando bem, gostei de todas as adaptações do King que já assisti, desde os terrores de O Iluminado e Carrie até o drama de Conta Comigo. Até Colheita Maldita de 1984 não achei ruim. O Nevoeiro é sobre um grupo de pessoas que ficam presas num supermercado depois que uma misteriosa névoa invade a região. O perigo que ela trás é o de menos quando o triunfo do filme está nos conflitos ideológicos dos personagens e nas suas duríssimas críticas ao exército americano e a uma certa parte daquela sociedade.

O problema inicial para mim foi o tempo levado para o filme ganhar forma e mostrar que não é apenas uma celebração do cinema trash. A partir do momento que a fanática religiosa da Marcia Gay Harden vai ganhando espaço, comecei a me envolver cada vez mais com o clima. E só fui conquistado de verdade pela cena final. Magnífica!!! Eu li que o Darabont mudou radicalmente o final do conto original do King que era bem ruinzinho. Quando eu penso que esperei duas horas para ficar grudado na poltrona quase sem respirar por causa da cena final, lembro que o filme decepciona um pouco no quesito suspense. Apesar de uns sustos isolados, não passei por nenhum momento alarmante. Se o terror revela desde o início como são os monstros e não deixa o público imaginar, não consigo ver o porquê de sentir medo. Eu já sei que em algum momento eles irão aparecer, atacar e matar. Mas como eu disse antes, as consequências do isolamento é o que mais importa. Diversos tipos ficam presos no supermercado e como cada um vai reagir à pressão da situação? A personagem da Marcia é a pedra preciosa daquele ambiente. Os seus discursos dizendo que o nevoeiro representa a ira de Deus por sermos pecadores, apoiadores das pesquisas em células-tronco e pró-aborto estão lá para satirizar os conservadores. Comparando o elenco em geral com o de Liberdade e Milagre, este está bem fraquinho. Embora eu ache que o elenco de Milagre tenha sido fundamental para o seu desempenho, ele não importaria tanto para O Nevoeiro desde que a religiosa não decepcionasse e a Marcia está inspiradíssima. Enfim, terror com conteúdo e referências a eventos importantes definem O Nevoeiro.

Nota: ****

2 comentários:

Alessandro RC disse...

Tá faltando dar uma conferida por inteiro no "Louca Obsessão", de Stephen King. Esse "O Nevoeiro" me lembra "Fim dos Tempos"...

Anônimo disse...

não sei porque mas fiquei tão envolvida que quase morri no final

Lu