sexta-feira, 3 de julho de 2009

O maior espetáculo da temporada

Milagres acontecem. Star Trek entrou aqui e já saiu, só ficou uma semana. Lamento por quem não compareceu porque o filme é ESPETACULAR!! Deve ser a melhor opção do verão americano este ano. Eu queria tanto assisti-lo, sem falar que meu conhecimento neste mundo é zero e não estou mais na fase de me interessar por coisas nerds. Foi tão bem falado quando estreou lá fora que não pude deixar de sentir uma certa euforia por ele. E eufórico foi o estado em que fiquei depois de vê-lo. Star Trek é simplesmente sensacional em todos os sentidos. Vou dizer logo que ainda estou digerindo a trama e isto não é um defeito do filme. Peguei uma sessão barulhenta, já me perdi no prólogo por causa de duas criaturas que só falavam besteira e este fato criou uma pequena bola de neve de dúvidas que persiste até agora. Eu consegui acompanhar boa parte mas alguns pontos estão nebulosos em minha mente. Mas nada que comprometa minha visão geral.

Eu tive uma boa surpresa com os nomes que iam aparecendo nos créditos finais: Bryan Burk, Damon Lindelof e Michael Giacchino. Parecia um final de Lost e não escondo minha paixão pela série. Boa parte dos atores também teve mais trabalhos na TV do que no cinema. Star Trek é o maior triunfo na carreira de diretor do J.J. Abrams. Tá, é só o segundo filme dele tirando as séries televisivas. Eu gostei muito de Missão Impossível III também. A sua direção em Trek é extremamente precisa e o filme mostra que diversão pode ser de alta qualidade sem precisar de apelações. Graficamente, é uma beleza. Não possui excessos sonoros e a trilha sonora do Giacchino é de uma delicadeza comovente nos momentos mais dramáticos.

Aí vem o elenco que está afiadíssimo e ninguém decepciona. Os destaques, é claro, vão para Chris Pine e Zachary Quinto como Kirk e Spock. Acho que o ponto mais forte do filme é o conflito entre os dois que é explorado muito bem, os momentos de divergência e união se intercalam de forma que não existe um certo e errado, a gente não toma partido por nenhum dos dois porque ambas as motivações têm fundamento. O restante da tripulação da Enterprise transmite uma jovialidade contagiante. Eu gostei da diversidade de nacionalidades do elenco porque passa uma mensagem legal. E suas características ficam em evidência, por exemplo, nos sotaques fortes do russo Anton Yelchin e do britânico Simon Pegg. O John Cho é sul-coreano, a Zoe Saldana é negra, etc.

Eu fico pensando se o J.J. vai fazer o mesmo que o Christopher Nolan fez com Batman. Pegou uma franquia, iniciou do zero e deu certo. Se a lógica for seguida, o próximo Star Trek terá a mesma força do Cavaleiro das Trevas? Saberemos a resposta em 2011. E por que Star Trek não teve o mesmo sucesso de bilheteria no resto do mundo como nos EUA? Se não estou enganado, aqui no Brasil ele só ficou míseras quatro semanas no top 20 e Wolverine estava passando em um número três vezes maior de salas. Acho que a falta de astros no elenco também influenciou. Não estou reclamando até porque é só observar o fenômeno Transformers e ver que qualidade vai muito além de números. Mal posso esperar pelo DVD.

Nota: *****

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